Benjamin Clementine (BC) encerrou ontem no Coliseu do Porto a sua minidigressão portuguesa, por uma vez um artista que percorre o País sem passar pela capital. E foi uma noite absolutamente mágica a que nos proporcionou, acompanhado pelo “seu quinteto de cordas parisiense” (destaque para a francesa Barbara Le Liepvre no violoncelo) numa experiência acústica e intimista a partir de composições dos seus dois álbuns (“At Least For Now” e “I Tell A Fly”). BC convidou o surpreendente músico texano Beaven Waller para abrir o concerto – ele que nos trouxe um prometido mix de storytelling, melodia e emoção numa performance competente, além de agradável e genuína (note-se que se referiu ao Porto como algo próximo do que imaginava ser a Europa, um cruzamento de pontes, arquitetura e água) – e depois arrebatou o público com a renovada qualidade do seu trabalho (abriu com “Condolence”) e a enorme força que transmite a sua presença em palco, ademais junta a uma inexcedível simpatia (que até meteu várias tentativas de incursão pela nossa língua). Já passava da meia-noite quando nos deixou, bem mais restabelecidos do que duas horas antes para enfrentar o resto de semana que aí vem.
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