(Francesco Tullio Altan, http://www.repubblica.it)
Abstraindo de alguns contornos supervenientes, a notícia não difere muito do essencial que aqui postei há dias, mas a situação é de tal modo complexa e perigosa que merece um acompanhamento próximo. Porque a Itália pode estar à beira de uma crise política (Salvini não desarma internamente, apesar de as coisas se lhe terem posto piores no seu objetivo de liderar uma federação da extrema-direita europeia) e/ou de um grave colapso financeiro (até Draghi já veio a terreiro para tentar pôr alguma água na fervura), ambos com prováveis impactos de monta sobre uma União Europeia ainda fragilizada e com a casa por arrumar. De passagem, o país vai também perdendo credibilidade e ganhando irrelevância no quadro europeu, como já começam a apontar os títulos dos seus jornais de hoje. Perante uma tal situação, que seguramente não será suscetível de um prolongamento por muito mais tempo, a pergunta que se impõe persiste: quem dará o primeiro passo de recuo e abrirá a porta a negociações, Salvini ou a Comissão Europeia? Ou irão ser os sacrossantos mercados a vir impor a sua lei de forma mais ou menos abrupta?
(cartoon de Emilio Giannelli, http://www.corriere.it)
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