(cartoon de André
Carrilho, http://www.dn.pt)
Do jurista não sei falar, mas nunca consegui perceber muito bem o porquê da grande projeção política atingida por Nuno Morais Sarmento (NMS). Mesmo sabendo que, nas nossas sociedades, quem muito se predispõe a falar arrisca sempre os favores de um novo microfone disponível ao virar da esquina, não me lembro de ter ouvido a NMS qualquer ideia verdadeiramente diferenciadora e capaz de o justificar como a figura grada cá da terrinha em que parece constituido. A sua obra mais notada ter-se-á revelado naquele momento em que confessou a sua passada e regenerada adição à droga, enquanto o seu período áureo terá sido o da ainda assim nada consensual passagem pela tutela da RTP (há até por aí quem defenda que a atual RTP2 tem alguma coisa dele). Pois é precisamente este “barrosista” que nunca conseguiu disfarçar as terríveis agruras de uma orfandade a que foi votado que agora emerge com uma chamada de atenção feita de um aproveitamento chocante e de mau gosto da disputa interna do PSD – e, realmente, que bem lhe fica nesta idade, com os seus elevados níveis de comprometimento partidário e nunca se tendo assumido em avanços mais consequentes, que se queira transformar numa espécie de proclamador da nudez do rei e, de passagem, de anunciador da traição como hipótese!
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