terça-feira, 26 de dezembro de 2017

HALEY APONTOU OS NOMES




Uns dias atrás, e na sequência do seu unilateral reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel, Trump levou uma fortíssima bofetada na Assembleia Geral das Nações Unidas, onde 128 de 172 países votantes apoiaram uma resolução (proposta pelo Iémen e pela Turquia) visando declarar “nulo e sem efeito” aquele reconhecimento (reafirmando, aliás, dez resoluções sucessivamente adotadas pelo Conselho de Segurança desde 1967). Além do óbvio caso interessado de Israel, os países alinhados com a posição americana são todos, a qualquer título, bastante irrelevantes (30,7 milhões de pessoas): dois centro-americanos (Guatemala e Honduras), um africano (Togo) e quatro insignificantes e generalizadamente desconhecidos situados em plena Oceânia (Micronésia, Nauru, Palau e Ilhas Marshall).



Os Estados Unidos, que ainda tinham tentado obter apoios para vetar a resolução que invalidava a designação de Jerusalém como capital de Israel, confrontaram-se assim com um consenso de tal modo alargado e abrangente que a sua embaixadora (Nikki Haley) não conteve a fúria e passou da chantagem à ameaça grave (ver abaixo). E se esta acabou por não surtir grande efeito imediato, o certo é que a técnica utilizada deixa bem claro qual é o entendimento da ordem internacional que domina a cabeçorra e a prática política do vingativo e perigoso Donald Trump.



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