Não é dos epítetos que mais aprecio para nos classificar, tanto mais que com ele vem a memória de tempos maus e de submissão. Mas não deixa de ser reconfortante ver a Europa rendida à evolução económica, social e política registada em Portugal nos últimos anos. Questão outra é a de saber quanto de estrutural tem e quanto de estrutural fica de todo o esforço orçamental a que continuamos amarrados pela mão mais ou menos austeritária de Mário Centeno. A este propósito, aqui deixo duas referências críticas, embora não propriamente isentas de parcialidade, retiradas do “Expresso” deste fim-de-semana: “O que admiro é que o défice ‘histórico’ conduza a uma política em que o ministro das Finanças seja capaz de olhar para o SNS sem estremecer” (Manuela Ferreira Leite, “Défice Político”); “Eis Mário Centeno. Aquele que acerta no défice, mas nunca acertou nos valores do investimento e das cativações feitas. E que quando é confrontado com isso responde, do alto do pedestal onde o colocaram, que não tem de explicar nada.” (João Vieira Pereira, “Ele, Centeno, assim se confessa” – um texto que começa assim: “Aviso: este texto não é indicado a quem o sucesso de Mário Centeno se tornou um dogma da sua atuação como ministro das Finanças”). Matérias aquelas que só o tempo esclarecerá devidamente...
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