domingo, 25 de novembro de 2018

ON THE ROAD, AGAIN



(Amanhã e terça-feira, respetivamente no Tramagal e em Lisboa para falar de desenvolvimento local e do futuro dos Programas Regionais de Ordenamento do Território. A comemoração dos 25 anos da associação de Desenvolvimento Local TAGUS e o Encontro Nacional da Ad Urbem justificam o périplo, pressionado na primeira com bilhetes para o segundo concerto de Jorge Palma na Casa da Música.)

Na estrada de novo para as tarefas de andarilho.

Na segunda-feira, na Casa da Coelheira no Tramagal, ainda por cima limitado na prova dos néctares daquele produtor por uma viagem de regresso, oportunidade para refletir em torno de uma das dimensões do desenvolvimento, o desenvolvimento local. A TAGUS associação de desenvolvimento local (link aqui) que opera naqueles territórios faz 25 anos, uma bonita idade e prova de que as políticas de desenvolvimento rural e local têm tido alguma persistência e continuidade. Tenho-me encontrado nos últimos tempos com a prática destas associações, vejo-as com um grande futuro no que designo regularmente de intermediação de políticas públicas, aproximando estas últimas no cidadão no seu entorno de proximidade.

Desenvolverei três tópicos para uma mensagem final:

  • 1. Desenvolvimento local: a territorialização do desenvolvimento

  • 2. A futura relevância das políticas públicas “place-based” ou além delas: dinâmicas ascendentes e políticas públicas, que convergências?

  • 3. Proximidade/cidadania versus racionalidade do investimento público

  • 4. Síntese: o futuro do desenvolvimento local – risonho ou sombrio? 

Se na segunda-feira é o tema matriz da minha formação e prática que organizará a intervenção, na terça-feira e em Lisboa, a convite do Arquiteto Vítor Campos, que já assumiu no passado funções de Diretor Geral do Ordenamento do Território, é a dimensão do planeamento. Coordenei também no fim da primeira década deste milénio os trabalhos técnicos do Plano Regional de Ordenamento do Território da Região Centro que depois de uma longa tramitação de concertação acabou perdido nos corredores do Ministério, por falta de vontade política na assunção de compromissos de programação. Integrei (no século passado) a coordenação do Plano Regional de Ordenamento do Território dos Açores (o PROTA, esse vivinho e aprovado pelo Governo Regional), envolvendo todas as ilhas. Integro também neste momento a equipa que revê o PROT da Região Autónoma da Madeira. Tenho assim matéria para uma perspetiva ainda que incompleta de “reflective practitioner” sobre esta figura de Instrumento de Gestão Territorial. A esta perspetiva junta-se-lhe a de visitante acidental e interessado por estes temas e a atenção permanente ao tema da territorialização das pequenas públicas.

A intervenção em Lisboa será organizada em função da seguinte estrutura, sob o mote de 4 tópicos para uma outra mensagem de síntese:

  • 1. Experiência, contexto e quadro legal…

  • 2. As três missões do ordenamento do território e suas implicações para os PROT…

  • 3. Os PROT e a baixa densidade

  • 4. Incerteza, planeamento e territorialização de políticas públicas
  • 5. Que futuro?
Há dias, dei comigo a coligir numa única pasta a diversidade de intervenções com que tenho semeado a minha passagem por este mundo. Ainda sem grande determinação, passou pela minha cabeça a possibilidade de organizar em livro toda esta reflexividade que transparece dessa multiplicidade de intervenções. Vou ver se arranjo energia para a decisão. Porque se tomar essa decisão creio que com um investimento tempo não muito pronunciado algo de coerente se poderá construir.

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