(Cristiano Salgado, https://expresso.pt)
Encerrada a Convenção do Bloco de Esquerda, fica clara a maturidade adquirida por um agrupamento político que, vindo da extrema-esquerda, começou por ser de protesto mas se foi tornando no partido sistémico (mesmo que crítico ou muito crítico, mesmo que por vezes irrealista ou até demagógico) que indiscutivelmente hoje já é.
Catarina Martins será com certeza a maior revelação da política portuguesa dos últimos anos, tendo logrado com forte personalidade e inequívoco engenho dar uma imprevisível continuidade, e até algum acrescento de valor, ao líder histórico Francisco Louçã. A seu lado, muitos bons valores, quase todos jovens, com especial destaque para Mariana Mortágua e Jorge Costa.
Teremos ou não o Bloco num governo, isso dependerá largamente das vicissitudes conjunturais do voto e circunstâncias afins; mas lá que temos um Bloco preparado e crescentemente capacitado para assumir responsabilidades de poder, isso parece-me cada vez mais notório.
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