sexta-feira, 16 de novembro de 2018

UM GRÁFICO DAQUELES


Faz tempo que aqui não trago aos nossos leitores um daqueles gráficos falantes que de vez em quando nos passam pelas mãos e ajudam a melhor perceber uma determinada realidade ou a inverter uma leitura estabelecida de outra. O que hoje reproduzo vem do “Peterson Institute for International Economics” é retirado de uma admirável resource page que os seus investigadores construíram em torno da globalização (“What Is Globalization? And How Has the Global Economy Shaped the United States?) e é apenas um de muitos de grande utilidade e relevância. Dele se conclui, entre outros aspetos possíveis, que a ideia de várias globalizações vividas pelas sociedades humanas tem as suas claras limitações quando aplicada aos últimos cinco séculos – com efeito, e apesar das evoluções registadas pelo peso do comércio internacional no PIB mundial em outros períodos mais recentes (entre 1870 e a Grande Depressão ou após a Segunda Guerra Mundial) ou mais longínquos (anteriores ao século XIX), aquele rácio atingiu níveis incomparáveis com o de qualquer passado a partir da década final do século XX. E é esta globalização, mais estatisticamente impressiva, que hoje estamos a testemunhar (quer em termos da dimensão dos seus benefícios quer em termos do alastramento dos seus custos) em muito do seu contraditório esplendor.

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