quarta-feira, 27 de março de 2019

COSTA É BOM...


A qualidade político-estratégica de António Costa (AC) ficou bem patente na entrevista que concedeu a Teresa de Sousa para o “Público” – de algum modo, está lá tudo quanto mais releva para uma análise lúcida da atual conjuntura nacional e europeia. Uma nova comprovação, pois, do selo de qualidade que se reconhece a AC, assim suscitando de novo uma interrogação fundamental sobre a sua não afirmação indiscutível no panorama político português. Talvez que algum do problema que se pressente esteja em outros terrenos, entre uma escassa qualidade da maioria dos ajudantes que escolhe, um certo excesso de primadonismo de que não se gosta e uma manifesta incipiência gestionária a nível coletivo – porque um governo não pode nunca tornar-se absolutamente confiável, nem ser integralmente respeitado pelos seus concidadãos, se se apresentar como um produto primordialmente resultante da inexcedível mestria do primeiro-ministro e apenas subsidiariamente associável à (in)existência e/ou à arrogância do resto. E é assim que, apesar de AC, as sondagens começam a indiciar sinais justificativos de preocupação para o lado do partido no poder...

Sem comentários:

Enviar um comentário