Independentemente do que possa vir a acontecer amanhã no Dragão, as declarações hoje atribuídas a Vieira são um sinal claro de uma de duas hipóteses: ou de um delírio desesperado ou de um desespero delirante. Refiro-me àquela ideia peregrina de que este momento do Benfica “lembra os anos 60”, isto numa época em que o clube não conseguiu sequer passar da fase de grupos da Liga dos Campeões e em que, embora podendo vir ainda a ser campeão nacional, não se revelou capaz de dar mostra evidente da regularidade que tal título habitualmente exige. Veremos se até onde poderá ir o coelho milagroso que dá pelo nome de Bruno Lage, surgido depois das insónias do presidente em torno de Rui Vitória de dentro de um chapéu extraviado ali para as bandas do Seixal — mas querer pô-lo a viajar no tempo, recuando revivalisticamente a tempos gloriosos e ultramarinos de há mais de cinco décadas, valha-nos Deus e a Virgem!
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