Foi obstinadamente que Maria João Rodrigues (MJR) decidiu que iria construir para si própria uma imagem de grande figura da vida pública portuguesa e europeia e, em especial, de personagem indispensável ao bom desenvolvimento do projeto europeu. Os estragos podiam ter sido muitos na decorrência desse seu muito esforçado trajeto, mas na realidade acabaram por resultar limitados devido a uma manifesta escassez de audiência — chegava a tornar-se incómodo assistir ao modo como era penosamente recebida por pares de qualquer origem ou interlocutores circunstanciais de qualquer espécie.
Pessoalmente, tenho por adquirido que Costa percebeu, creio que há já longo tempo, o logro associado a um tal trajeto. De todo o modo, MJR até acabou por ter sorte, visto que o que veio a público sobre a sua saída da lista europeia do PS foi um afastamento provocado por uma acusação de assédio laboral em apreciação e não associado ao grau de vacuidade do seu discurso e/ou à dimensão de insuportabilidade que foi sabendo granjear. Resumo: um convencimento irrisório, uma ambição despropositada, um autismo doentio e um companheirismo ausente fizeram de MJR uma peça preterível no xadrez em que se movia como uma barata tonta em vista de atingir o seu sonho maior, leia-se o de vir a ser nomeada para um lugar de comissária para que ninguém informado e de bom senso alguma vez lhe terá reconhecido os mínimos em termos de méritos pessoais e políticos.
Quanto à lista do PS, esse é todo um outro assunto a que certamente um dia — só não sei é quando! — virei a dedicar algumas linhas ou parágrafos...
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