O apuramento mais preciso relativamente ao número de portugueses espalhados pelo mundo – fechado a propósito de um significativo esforço no sentido de uma atualização do recenseamento eleitoral – inventaria um número superior a 1,475 milhões de cidadãos maiores registados no estrangeiro em final de setembro de 2018 (contra 318 mil em final de 2017). Sendo igualmente de salientar o facto notável de não viverem portugueses em apenas 17 dos 193 países que integram as Nações Unidas (identificados acima). Importará ainda evidenciar que as maiores comunidades nacionais estão localizadas em França (mais de um quarto do total, equivalente a mais de 406 mil pessoas), no Brasil, Suíça e Reino Unido (todos acima de 100 mil registos) – representando estes quatro países quase 60% dos cidadãos no exterior –, na Alemanha, China, Luxemburgo, Venezuela, EUA e Canadá (todos acima de 50 mil registos), em Espanha, Índia, África do Sul e Bélgica (todos acima dos 20 mil registos) e em Angola (ligeiramente abaixo dos 20 mil registos); um total de 15 países de destino a representarem mais de 94% da distribuição lusa à escala global, a qual, se avaliada à escala continental, evidencia uma forte concentração na Europa (quase dois terços) e na América (mais de um quarto). Aqui fica, pois, à atenção dos sempre curiosos destas e de outras matérias, este pequeno apontamento de cultura geral, acrescentando-se-lhe o reconhecimento do trabalho nesta área levado a cabo na esfera governamental e a devida vénia ao oportuno tratamento jornalístico desenvolvido pelo “Expresso”.
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