quinta-feira, 10 de setembro de 2020

AO CRITÉRIO DE CADA UM...

(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)

 

Brincando com coisas sérias, certamente umas mais do que outras, reproduzo aqui de fugida o cartune de Kroll no “Le Soir” desta manhã. Que a Bélgica não é bem um país, todos o sabemos há muito e o constatamos quando por lá andamos nos mais ínfimos pormenores. Mas o recorde há dias batido de tempo sem governo estável e maioritário é obra: eles ainda não conseguiram formar um governo desde a queda de Charles Michel em 21 de dezembro de 2018 (vai para dois anos!) e na última década estiveram nesse estado durante mais de três anos; com tudo o que isso implica aos mais variados níveis de desestruturação. Este sem fim à vista que desesperantemente permanece é por Kroll associado, numa espécie de desculpável humor negro (afinal se não aligeirarmos as coisas tudo fica mais duro de suportar!), à vacina salvadora que se vai anunciando em múltiplas variantes para datas não muito longínquas mas tarda no tocante a garantias seguras de que assim possa ser; com a agravante do revés de ontem, decorrente do atraso de uma das mais promissoras hipóteses que estava à nossa frente (com a Universidade de Oxford e a Astra-Zeneca como garantes de credibilidade). Prossegue, pois, o desinteressante suspense em torno do que virá primeiro: um governo belga ou uma vacina capaz?

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