terça-feira, 1 de setembro de 2020

O VÍRUS E NÓS

(Del Hambre, https://elpais.com) 

Setembro chega-nos sob o signo de um receio generalizado quanto ao recrudescimento das manifestações do vírus, mesmo que ainda longe de meses passados e apresentando graus diferenciados de efeitos gravosos (em especial, e pela positiva, menor letalidade e menor pressão sobre os hospitais). Os preocupantes dados que nos são revelados a partir de Espanha e França não podem também deixar de sinalizar um fator adicional de receio e incerteza, somando-se ao desconforto que diariamente nos invade perante a informação proveniente de muitas paragens globais. Além de que vem aí o frio e a gripe. Não releva, assim, que alguns se declarem fartos dessa conversa recorrente em torno do vírus nem que outros se atenham a combates improcedentes contra as máscaras ou as medidas que vão sendo tomadas. E, apesar das várias vacinas de que vamos ouvindo falar como estando a caminho (com certa propriedade em alguns casos, acredito), a realidade é que as mesmas não serão nem assim tão rápidas nem tão milagrosas ou sequer completamente eficazes quanto se poderia desejar, pelo que o que nos resta é viver cada dia à espera de um fim que há de vir  com as devidas e cumpridoras cautelas e assumindo ponderadamente os riscos que têm de ser corridos para que isto não pare e se torne um drama ingerível.


(Francesco Tullio Altan, http://www.repubblica.it)


(Ilias Makris, http://www.kathimerini.gr)

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