quinta-feira, 3 de setembro de 2020

DESTE MUNDO PANDÉMICO

 

(https://www.mckinsey.com)


(José María Nieto, http://www.abc.es)

 

Duas das maiores e mais rápidas mudanças que ocorreram com a chegada do período pandémico são, indiscutivelmente, o comércio online (o gráfico acima ilustra-o, ainda que com referência ao caso específico dos EUA, na esclarecedora síntese “dez anos de crescimento em três meses”) e o teletrabalho. Evidenciadoras do modo como somos coletiva e individualmente mais capazes de nos adaptarmos a novas circunstâncias do que imaginamos em tempos de atividade corrente e plena normalidade, aquelas mudanças fizeram-se com uma notável naturalidade e não provocaram, de facto, significativas perturbações na vida das pessoas e das organizações (que não as óbvias e incontornáveis). Mas há reversos da medalha a considerar, porque o relacionamento interpessoal e o contacto físico são elementos absolutamente insubstituíveis a diversos títulos relevantes e, assim sendo, não podem deixar de ser aspetos cuja ausência não pode deixar de igualmente provocar efeitos menos desejáveis (seja do ponto de vista das culturas empresariais e da produtividade das empresas, seja do ponto de vista de retrocessos perigosos no comércio tradicional e nas dinâmicas alimentadoras da nossa vivência de grupo). Sendo que, em matérias desta natureza, o pior de tudo estará sempre na educação se algum refluxo ocorrer no decurso dos processos de abertura das escolas em vias de concretização – porque o que estará em causa terá tudo a ver com o desejável e inalienável crescimento equilibrado das nossas crianças, embora os altamente concebíveis danos imediatos e a prazo ainda sejam hoje de contornos e dimensões dificilmente objetiváveis.


(Henny Beaumont, http://www.guardian.co.uk)


(Ben Jennings, http://www.guardian.co.uk)

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