Morreu um símbolo do extremismo de direita – fascista, não tenhamos medo das palavras! –, talvez o último de uma velha guarda à moda antiga. Um homem (Jean-Marie Le Pen) que criou o Front National em 1972 e contra o qual, nestes mais de cinquenta anos transcorridos, sempre estiveram os defensores da democracia e da liberdade – como bem recordam algumas capas de rejeição da figura e das ideias (ver acima) do “Libé” e do “Charlie Hebdo”.
Convenhamos que a verdadeira morte do pai Le Pen já tinha ocorrido em 2015, ano em que entrou em choque com a filha Marine e acabou expulso do partido que criara, cedendo a esta o protagonismo na dita área política. Mas convenhamos também que, com outra e mais dissimulada sofisticação tecnológica e comunicacional e com ligações internacionais contranatura e perigosas (nomeadamente a Rússia de Putin, hoje uma chefe-de-fila na incentivação e apoio às forças radicais, antieuropeias e antidemocráticas), a herança de Jean-Marie permanece bem viva no atual Rassemblement National encabeçado pela filha, que surge como a principal favorita de uma eleição presidencial prevista para 2027 mas eventualmente antecipável em face da desastrosa gestão da situação política francesa por parte de Emmanuel Macron.
Jean-Marie Le Pen, por tudo em que se envolveu como homem e como cidadão, não deixa saudades!
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