Dias atrás, referi-me aqui criticamente à jornalista Ângela Silva (AS) sob o pretexto de uma intervenção sua, aliás de teor não inédito, em defesa de Marcelo Rebelo de Sousa, alguém que de há muito acompanha profissionalmente e de quem já terá obtido inúmeras e proveitosas “fugas”. Não me espanta de todo que exista alguma simpatia e confiança entre os dois, mas claramente que aquelas suas afirmações me pareceram algo de verdadeiramente inaceitável (até tendo em conta a experiência da jornalista e o habitual rigor com que procura exercer a sua capacidade crítica acima da média). Chegou logo depois o fim de semana e o sacrossanto “Expresso”, onde fui encontrar na “Revista” uma peça assinada por AS que de algum modo repôs a normalidade no assunto: entre “O Princípio do Fim” e “O Último Fôlego de Marcelo”, AS aborda os seus mandatos e os suicidários erros cometidos pelo Presidente com a objetividade bastante para que eu tenha sido levado a avançar com este post e a reposição que ele pretende traduzir com a devida simpatia para com a visada. E para a posteridade fica uma frase cuja originalidade marcará sinteticamente estes anos de “marcelismo” falhado: “sonhou que o seu populismo travaria o populismo mau, mas enganou-se” – nem mais...
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