Obrigatória, hoje por hoje, uma saudação ao início de funções do novo treinador portista, o argentino Martín Anselmi (MA). A expectativa é imensa quanto à capacidade que revelará para dar a volta a uma situação desportiva deprimente e que já não ocorria há muitas décadas, tendo o seu discurso relativamente empolgante e os seus breves apontamentos quanto a ideias de jogo (de que “o adversário é o nosso maestro” constitui uma síntese feliz) deixado alguma “água na boca” aos mais fervorosos e crentes (aqueles que não valorizam argumentos de contraponto, como a juventude, o escasso curriculum, a origem latino-americana do dito novo técnico e os estranhos episódios ligados à rescisão de MA com o Cruz Azul do México). Estamos assim perante a oportunidade de na Quinta-Feira em Belgrado começar a ser virada a página negra destes meses, garantindo desejavelmente uma passagem aos playoffs da Liga Europa.
Por esclarecer ficará – espero bem que não para sempre, eu sei lá... – a razão de ser do falhanço de Vítor Bruno (VB), a solução de continuidade que fora inicialmente encontrada por André Villas-Boas (AVB). Não querendo acreditar que se tenha tratado de uma questão básica de competência para o exercício da função, ter-se-ão de encarar outras hipóteses que talvez devam conjugar o modo como algum balneário quis interpretar o “não vais ter sossego” que as paredes do Olival registaram – o sucesso de tal maldição foi notório, atingindo o seu clímax na Madeira e em Barcelos, e um VB atónito, e totalmente incapaz de compreender o que se lhe deparava, acabou empurrado a sair. Logrado o objetivo, e com Conceição transformado em “Conceicini” ao serviço do AC Milan (com um troféu já conquistado e respetivo charuto já devidamente disfrutado com o habitual bailado), a época do FC Porto pode agora recomeçar – decerto tardiamente mas quem sabe se ainda a tempo de uma qualquer vitória significativa, o que bem homenagearia a coragem e determinação com que AVB se lançou para o comando do clube e sua regeneração.
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