Incontornável que este espaço conceda hoje o seu destaque à divulgação, ontem ocorrida, dos resultados da auditoria forense à atividade da FCP-SAD nas últimas dez épocas desportivas, contratada pela atual administração à Deloitte. Não desperdiçarei o tempo dos nossos leitores com referências exaustivas às conclusões (59 milhões de gastos injustificados é a síntese das sínteses) e respetivos detalhes, o que consta de uma imensidão de notícias e comentários publicados na comunicação social deste dia (e próximos, seguramente), apenas aqui quero deixar dois sublinhados que se me afiguram obrigatórios na circunstância: primeiro, o de que fica ali comprovada, pelo menos, a má gestão (além dos aproveitamentos e compadrios associados) das administrações chefiadas por Jorge Nuno Pinto da Costa, assim restituindo todo o sentido à posição de tantos e tantos portistas que lamentaram amargamente que o ex-presidente não tivesse deixado funções em tempo adequado e, depois, tivesse protagonizado (com o apoio de alguns acólitos cada vez mais visivelmente pouco recomendáveis) uma candidatura aberrante, mentirosa e insultuosa para com o adversário, terminada numa derrota quase humilhante; segundo, o de que a transparência evidenciada por André Villas-Boas merece ser fortemente aplaudida e considerada um exemplo a registar pelos meios futebolísticos nacionais, independentemente do que os resultados da equipa principal forem proporcionando de mais ou menos bom: o tempo é de regeneração do clube e dela provirão – mais cedo do que tarde, espera-se! – as conquistas que todos desejamos.
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