terça-feira, 7 de janeiro de 2025

BREXIT: UM LUSTRO SEM NENHUM LUSTRO

A seu tempo, abordamos intensamente a questão do “Brexit” neste espaço. Sempre dando mostras do nosso convencimento quanto à demagógica má-fé que provinha dos principais responsáveis pela defesa de uma opção pelo Leave (Boris foi apenas o mais audível dos vendedores de banha da cobra!) e, portanto, quanto ao erro que os cidadãos do Reino Unido iriam cometer com essa opção e quanto às consequências altamente nefastas desse passo de rotura sobre a economia e a sociedade britânicas. Cinco anos passados sobre o essencial dos acordos negociados com a União, o “The Independent” trouxe-nos uma primeira página de antológica síntese na matéria, deixando a descoberto a realidade de alguns números que se apresentam em total contracorrente relativamente às promissoras expectativas de toda a espécie que então circularam. Uma constatação que se impõe seja salientada com a devida ênfase, agora que um Reino Unido razoavelmente pacificado (sendo que o Partido Trabalhista no poder e o atual primeiro-ministro Keir Starmer acabaram por ter um papel determinante nessa evolução) já esboça irreversivelmente outros caminhos geoestratégicos de relançamento e afirmação e neles talvez ainda possam caber relacionamentos reforçados, em diversos domínios, com a União Europeia que quis abandonar.

(Kevin Kalaugher, “KAL”, https://www.economist.com)

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