terça-feira, 9 de setembro de 2025

A NORUEGA AINDA RESISTIU...

(Construção própria a partir de dados oficiais)

Vitória do incumbente e líder do Partido Trabalhista desde 2014, Jonas Gahr Støre (imagem mais abaixo), nas eleições legislativas norueguesas. Um resultado que promete alguma governabilidade razoável e à esquerda (também porque as restantes forças do bloco ficam a distâncias significativas dos trabalhistas, ao invés do que ocorrera em 2021), não deixando por isso de ser positivo face aos múltiplos sinais negativos que nos chegam dos tempos que correm e às perspetivas que alguns analistas apontavam no sentido de uma vitória do Partido do Progresso de Sylvi Listhaug (tida por ser uma espécie de “Farage dos fiordes”).



Não obstante, o resultado integra elementos de inédita perigosidade à direita, já que os populistas se tornaram a força mais representativa ao passarem a contar com o dobro dos assentos de um Partido Conservador em manifesta queda no Parlamento (onde foi liderante, entre 2013 e 2021, com a primeira-ministra Erna Solberg ao comando). Esta tendência de erosão da direita democrática em favor da direita extremista começa a surgir com excessiva frequência no seio dos países europeus, sendo de há muito preocupante na França de Marine Le Pen e Jordan Bardella e estando em vias de se consolidar criticamente no Reino Unido em favor de um farsante e demagogo como Nigel Farage e do seu Partido da Independência.

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