sexta-feira, 3 de outubro de 2025

A HABITAÇÃO QUE AS AUTÁRQUICAS PROMETEM

O “Inimigo Público” de hoje, publicado no suplemento “Ideias” do “Expresso”, explicita de modo eloquente algo que cada vez mais assalta os meus neurónios quando constato a facilidade com que quase todos os candidatos autárquicos de zonas urbanas se propõem atalhar a real e grave questão da Habitação que grassa entre nós: construindo, construindo e construindo. O problema é que o problema em causa tem contornos de maior complexidade do que aqueles que passam por uma mera colocação em papeis que tudo aceitam de números irrealistas e/ou por atirar pela boca fora uma caterva de promessas irrealizáveis, seja tal por razões de ordem financeira tout court ou por razões associadas às inconsistências institucionais de várias origens que nos tolhem os movimentos e a vida coletiva. Sendo que o assunto merece reflexão e debate, seguramente fora do quadro do “país das maravilhas” governamental – veja-se a sua tão desinserida e indescritível definição de uma ”renda moderada” a 2300 euros – e do quadro mais geral de uma luta político-partidária absolutamente incompatível com um sadio ambiente de rigor e seriedade.


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