É um prazer sempre renovado poder ouvir a palavra de Alexandre Quintanilha (AQ) e de Manuel Sobrinho Simões (MSS). Ontem ao final da tarde, no belo edifício neoclássico do Largo Prof. Abel Salazar onde funcionou o ICBAS (e, antes, as Letras) e que foi recuperado pela Reitoria da Universidade do Porto para as suas atividades de formação ao longo da vida, foi verdadeiramente maravilhoso poder assistir ao lançamento da obra que a “Contraponto” dedicou a AQ e entregou ao cuidado do excelente jornalista que é Francisco Sena Santos e de Clara Almeida Santos (professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra). MSS deu-nos conta de um AQ que “não é português” e que não deixa de ser senhor das suas vaidades, além de também nos ter contado a história mais deliciosa do dia ao confessar como involuntariamente (e fruto das primeiras consequências do AVC que o afetou em 2018) apelidou de Alexandre Herculano, em termos sucessivos, o seu amigo e então homenageado com o doutoramento honoris causa da Universidade de Évora. AQ prometeu ser breve mas foi-o menos do que esperava, felizmente – sobre ele, apontarei apenas o modo como terminou ao expressar a comoção que sentiu pela notável frase que os seus ex-alunos deixaram registada no seu cacifo aquando da sua jubilação: “obrigado, Professor, por nos ter ensinado a distinguir o importante do óbvio”. Mais um momento inesquecível de que pude usufruir na presença de dois seres cuja espessura e excecionalidade nunca cessa de me surpreender...
quinta-feira, 16 de outubro de 2025
GENTE ESPECIAL E LIÇÕES QUE NUNCA SÃO ÚLTIMAS
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