quarta-feira, 28 de agosto de 2019

A FRONTEIRA IRLANDESA



Uma curiosa analogia do “Financial Times” sobre o Brexit e o Irish backstop. Que começa assim: “O Brexit transformou-se numa situação de sequestro. Boris Johnson é o sequestrador, a Irlanda é o sequestrado e o backstop é o resgate.” Que prossegue salientando que “a mensagem britânica para a UE é ‘deixem cair o backstop ou mataremos o refém num tiroteio sem acordo’”. Mas que conclui afirmando convictamente que “é duvidoso que o Reino Unido pudesse causar um grande mal à Irlanda”. Ou seja, e moral da história, a estratégia de Londres de infligir o “máximo dano comercial possível” à Irlanda não tem base justificativa (vejam-se os dois falantes gráficos de apoio referenciados no artigo, um no sentido de evidenciar uma trajetória económica irlandesa que se tem vindo a dissociar da do Reino Unido e outro no sentido de evidenciar a crescente perda de importância do Reino Unido como mercado de destino dos produtos irlandeses), razão pela qual a peregrina ideia de punir a economia irlandesa iria/irá acabar por sair aos Brexiters um tiro pela culatra...


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