Um apontamento que se justifica em relação a um recentemente publicado relatório científico especial produzido por um grupo de especialistas do clima sob a égide das Nações Unidas (GIEC – Grupo Intergovernamental sobre a Evolução do Clima) e abordando as mudanças climáticas, a desertificação, a degradação das terras, a gestão durável das terras, a segurança alimentar e os fluxos de gás com efeito de estufa nos ecossistemas terrestres. Trata-se de um tratamento em moldes sérios e em três partes – sendo esta a segunda, após uma primeira (outubro de 2018) vocacionada para os efeitos de um aquecimento de 1,5 graus centígrados e uma segunda (prevista para setembro) vocacionada para os oceanos e a criosfera – de uma problemática complexa e altamente relevante que está no radar há décadas – quem não se recorda dos célebres “limites ao crescimento” do Clube de Roma e das suas derivações sucessivas desde 1972? – mas que está visivelmente a ganhar cada vez mais a consciência dos cidadãos nesta nossa época de inusitados desperdício e saturação. Remetendo para a infografia acima, cito a síntese das sínteses: [o relatório] mostra a que ponto as terras estão sob pressão humana, com a mudança climática a acrescentar uma pressão suplementar. Mostra também que a nossa gestão das terras faz simultaneamente parte dos problemas e das soluções. Mas insiste igualmente no facto de que essas soluções têm limites: elas não podem substituir uma ação rápida e ambiciosa para reduzir a emissão de gases com efeito de estufa em todos os outros setores.” Vale uma consulta mais atenta.
(Jean Plantu, http://lemonde.fr)
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