(Breves notas sobre uma companhia de verão, o Alvarinho e
suas combinações. Luís
Cerdeira e o Soalheiro continuam a dar cartas em matéria de inovação.)
A sazonalidade da segunda quinzena em Caminha
e Moledo é de tal modo pronunciada e evidente que se nota praticamente em todas
as dimensões deste período de lazer, tráfego, estacionamento, restauração, ocupação
da praia, lotação das esplanadas. Os “pavões” de Lisboa já estão por cá, os
cartões de crédito ainda estão longe dos respetivos limites, a quecada do Porto
também já por cá se passeia, pelo que é necessário reencontrar equilíbrios de
ocupação do espaço, tentando prolongar a imagem e os ares da primeira quinzena.
Esta altura é propícia para novas experiências
gastronómicas (o jantar em casa do Rui Feijó e com a presença da sua filha e
minha colega Mariana foi excelente) e estar atento a inovações-produto dos
empreendedores do Alto Minho.
O Luís Cerdeira do Soalheiro é um desses
empreendedores, a que poderia juntar sem qualquer dificuldade o Paulo Regueiro,
ambos com o Alvarinho e suas inovações como pano de fundo.
Este verão concentrei-me sobretudo nas inovações
do Soalheiro, baseadas na combinação com a casta Pinot Noir (o Rosé profundamente
mineral) e o Soalheiro Sauvignon Blanc (com 30% de Alvarinho). Um prazer beber
com moderação, partilhar a sua frescura e mineralidade.
Longa vida ao Soalheiro e ao seu criador.
Folgo perceber que depois da forte reatividade defensiva do terroir Alvarinho à utilização da denominação vinhos verdes que a nova regulamentação permite, esse mesmo terroir caminha confiante para a sua renovação.
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