terça-feira, 13 de agosto de 2019

“VAMOS A VOLVER”



É certo que ainda só foram as primárias a acontecer, mas a diferença de quinze pontos conseguida por Alberto Fernández em relação ao atual detentor do poder, Mauricio Macri, parece indiciar uma vitória relativamente confortável daquele na ronda de outubro e, assim, um regresso à lendária Casa Rosada dos piores herdeiros do “peronismo” pela mão de um ex-colaborador dos Kirchner e com a viúva e ex-presidente Cristina a aparecer assumidamente colocada como sua vice. Ou seja: contrariamente ao modo como subitamente emergiu no Brasil do pós-PT (Lula e Dilma) uma direita retrógrada mas popular (Bolsonaro), a Argentina resiste à implantação de uma direita moderada – o nosso “Jornal de Negócios” de hoje titula com inteira propriedade que Macri “foi derrotado pela economia que quis salvar” – e prossegue a sua saga cíclica de um constante regresso a uma esquerda com caraterísticas muito próprias porque passadista e já completamente desgastada em pensamentos, palavras e obras. E, como já é também apanágio, “moeda e bolsa afundaram”. Como não aderir à ideia de um fado, de um destino ou até de um carma argentino e latino-americano?

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