domingo, 18 de agosto de 2019

CRISE À PORTUGUESA


Esta semana, sobre a crise dos combustíveis, Vasco Pulido Valente volta a acertar. Também no que respeita à ridícula ressurreição fora de tempo de Rui Rio, e cito: “Inteiramente no escuro, sem nada de essencial decidido, Rui Rio veio fazer uma conferência de imprensa. E o que disse ele? Disse que tinha razão, toda a razão, e nada mais que razão. Desde o princípio até ao fim sem falhar uma. Disse que o Governo, o PS e os media tinham ‘acicatado’ os motoristas e criado de propósito o ‘caos’ e o ‘alarme’, com fins eleitorais. Disse que não participava em ‘circos mediáticos’. Disse que ele era ele e que ser ele era bom. Não sei o nome clínico que se dá a estes casos.” Quanto ao resto, e para além do permanente protagonismo de Pedro Pardal Henriques (um inclassificável advogado que é vice-presidente do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas) – devidamente acolitado pelo seu presidente (Francisco São Bento) e pelo porta-voz da Antram (André Matias de Almeida) –, o essencial esteve nos excessos de gestão governativa da situação (sob a batuta de Costa, Matos Fernandes e Pedro Nuno) e na insuportável histeria de uma comunicação social preguiçosa e crescentemente especializada no enchimento de chouriços. Toda uma gente a funcionar num pequeno círculo fechado de notícias entre si, já que os cidadãos, esses, passaram na sua larguíssima maioria ao lado do assunto.

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