terça-feira, 10 de dezembro de 2019

NA SEQUÊNCIA DO DIA DA SENHORA DA CONCEIÇÃO

(a partir de Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)

Já não é novidade a minha profunda desilusão com a prestação de Sérgio Conceição (SC) ao comando do FC Porto. Após um ano em que venceu o campeonato com algum mérito (sem prejuízo da inestimável ajuda de Rui Vitória), logo o perdeu por escandalosa culpa própria no seguinte para surgir esta época desfasado, desconcentrado e desequilibrado como poucas vezes se vê em equipas ditas de topo. Entre manifestações lamentáveis de pouco chá em pequeno, cobardia perante os jogadores, incoerência de critérios e outras, o treinador portista tem sido um verdadeiro descalabro, também porque incapaz de mobilizar os seus atletas e de dar algum sentido ao seu jogo coletivo. Sobra o quê? Bom, em boa verdade, apenas o jogo da Luz em agosto a servir de insuficiente contrabalanço às declarações desencontradas que SC profere semanalmente numa lógica insultuosa para quem ainda lhe presta atenção por se interessar pela carreira do clube – tanto não fala de árbitros como lhes assaca todas as responsabilidades pelos seus maus resultados, tanto põe de lado um jogador como o recupera para ir à procura de outra vítima, tanto adota um sistema de jogo como opta por modificá-lo, tanto precisa de reforços como vai até ao fim com a qualidade do plantel que tem ao seu dispor, tanto perde pontos como afirma que vencerá tudo e todos dali para diante. Neste contexto, e sendo o problema do FC Porto bem mais vasto do que o da mediocridade do seu técnico, tudo vai convergindo para mais uma época perdida (desportiva e financeiramente, claro), o que os resignados adeptos do meu clube acabam por merecer considerada a sua subserviente e irritante passividade.

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