Ao contrário de outros anos, decidi-me desta vez por não fazer aquele exercício algo gasto do melhor e do pior. Em sua vez, ou talvez nem tanto assim, escolhi cinco manchetes jornalísticas deste mês que são claramente indiciadoras de transformações latentemente em curso na sociedade portuguesa, de decisões de política que fazem efetivamente alguma diferença (seja no ataque a chagas sociais que prevaleciam seja num sentido de correção dos desequilíbrios que nos caraterizam) ou de riscos em presença que importa não desprezar à mão de inércias preguiçosas ou de fogachos imediatistas ou sensacionalistas.
Nas primeiras, a informação de que já existem mais portugueses por naturalização do que por nascimento aponta para a capacidade crescente que vimos revelando para acolher nova imigração, designadamente no caso daquela que mais poderá contribuir para nos ajudar a dar saltos qualitativos em matérias de escassez e qualificação de recursos humanos. Nas segundas, os bons resultados patenteados desde 2011 em termos de interrupção voluntária de gravidez (demonstrando uma consciencialização que os arautos da desgraça negavam ser possível de acontecer) e a hipótese de uma medida de redução do IVA na eletricidade para as camadas mais desfavorecidas da população. Nas terceiras, o impacto do turismo (que importa estudar em todas as suas dimensões e não apenas valorizar do ponto de vista do seu sempre mais conjuntural do que estrutural contributo macroeconómico, dos recordes que o setor vai obtendo ou dos ganhos de manobra orçamental assim permitidos às grandes autarquias) e o populismo em movimento (que Arons de Carvalho denuncia especialmente quando alavancado pelo serviço público de televisão, como vamos vendo acontecer com programas “competitivos” tipo “Sexta às 9”).
Por estes caminhos vamos, se olharmos para além da espuma dos dias...
Nas primeiras, a informação de que já existem mais portugueses por naturalização do que por nascimento aponta para a capacidade crescente que vimos revelando para acolher nova imigração, designadamente no caso daquela que mais poderá contribuir para nos ajudar a dar saltos qualitativos em matérias de escassez e qualificação de recursos humanos. Nas segundas, os bons resultados patenteados desde 2011 em termos de interrupção voluntária de gravidez (demonstrando uma consciencialização que os arautos da desgraça negavam ser possível de acontecer) e a hipótese de uma medida de redução do IVA na eletricidade para as camadas mais desfavorecidas da população. Nas terceiras, o impacto do turismo (que importa estudar em todas as suas dimensões e não apenas valorizar do ponto de vista do seu sempre mais conjuntural do que estrutural contributo macroeconómico, dos recordes que o setor vai obtendo ou dos ganhos de manobra orçamental assim permitidos às grandes autarquias) e o populismo em movimento (que Arons de Carvalho denuncia especialmente quando alavancado pelo serviço público de televisão, como vamos vendo acontecer com programas “competitivos” tipo “Sexta às 9”).
Por estes caminhos vamos, se olharmos para além da espuma dos dias...
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