(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)
(Idígoras y Pachi, http://www.elmundo.es)
(José Maria Pérez González – “Peridis”, http://elpais.com)
Escreveu ontem o meu colega de blogue que “só daqui a um futuro que poderá ser mais ou menos próximo saberemos se a COP25 de Madrid constituiu efetivamente um fracasso ou se, pelo contrário, acrescentou algo de relevante a um compromisso global climático”, tendo deixado ainda algumas reflexões sobre “o que significa o avanço de uma política global sem eleitorado que a pressione”. Dois bons tópicos, sem dúvida. Não obstante, e pela minha parte, quereria ainda acrescentar-lhes o sublinhado de que o escasso valor facial imediato da dita Cimeira – ademais num quadro muito mediatizado de famosos em girândola e proclamações ambiciosas – traduz também a dupla fraqueza das lideranças a que estamos remetidos, quer a sua debilidade propriamente dita (porque incapazes de compreender ou incapazes de convencer) quer a sua debilidade enquanto afastamento face aos demais cidadãos (porque incapazes de ver, ouvir e ler ou incapazes de sentir para além dos ditames de um marketing político rudimentar). Quase tudo foi mau em Madrid, da arrogância dos negacionistas ao cinismo dos umbiguistas, do excesso dos discursos ao irrealismo das metas, do desmesurado show off à artificialidade da aparição de Greta. Salvou-se talvez alguma comunicação de qualidade que pôde passar a pretexto, assim prestando um serviço potencialmente eficaz à causa da tal política global desmunida de uma pressionante base eleitoral de apoio. Sejamos pacientes!
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