domingo, 25 de agosto de 2013

BIZARRO!


Tenho simpatia por Manuel Pizarro (MP) e um bom relacionamento pessoal com ele. Considero-o um homem bem formado e um político bem-intencionado, sendo que a sua ostentada ambição – designadamente a de presidir à Câmara do Porto – é matéria de toda a legitimidade; pese embora seja também de outro foro e alcance.

Um dos problemas de MP serão as más companhias. Porque ele, que tem a escola política do Partido Comunista, tende a acreditar na lealdade dos correligionários e estes, no PS-Porto, são frequentemente tudo menos isso. Porque a vidinha e o penacho estão primeiro…

Outro dos problemas de MP será o tacticismo. Talvez porque não tenha feito em toda a extensão a passagem dos “amanhãs que cantam” para as exigências do “ao vivo” puro e duro e com restrições, facto que o parece levar a condescender com o “saco de gatos” em detrimento do rumo e da frontalidade. Do que decorre uma das fragilidades da sua campanha: uma chocante ausência de projeto e de equipa, acrescida de uma incompreensível (e desnecessária) aproximação objetiva a Rio, o edil que o PS-Porto foi tentando dizer ser o seu principal adversário durante uma dúzia de anos – mesmo quando encobrindo as mais diversas, e às vezes pouco edificantes, formas de colaboracionismo…

A primeira página do JN de Quinta-Feira dava conta do mais recente tiro no pé da campanha de MP e do umbilical atabalhoamento dos seus conselheiros (seguramente socialistas encartados): escrever uma carta às bases do PS a propósito do nado morto que é Nuno Cardoso e a sua ridícula candidatura!

Beliscões precisam-se para que possa ser crível que MP tão ingloriamente se tenha deixado conformar à desajeitada mediocridade do entorno partidário e que é mesmo real o pesadelo que tem vindo a passar diante dos nossos olhos…


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