A edição on line do Der Spiegel dá
conta de um relatório reservado (até o deixar de ser) do Bundesbank no qual é
anunciado um segundo resgate para a economia grega a concretizar depois das
eleições alemãs de setembro próximo.
Não é questão que nos interesse por simples réplica mimética da situação
grega para a portuguesa. Mas interessa-nos sobretudo pela evidência de que
regra geral os atingidos são sempre os últimos a saber, com ampla cobertura dos
governos nacionais, ilustres representantes da neolinguagem da estabilidade a
todo o preço, os mercados estão a dormir deixá-los sossegar.
Será que esse novo resgate virá acompanhado de um novo corte de dívida? E
se for caso disso, que condições irão acompanhar essa aparente inevitabilidade?
São questões mínimas a considerar para a evolução dos níveis de penosidade e de
mal-estar dos gregos.
Muita razão tem o Financial Times em considerar que, apesar de alguns sinais positivos observados no horizonte da recuperação económica, há muita coisa para consertar no edifício político do euro.
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