quarta-feira, 28 de agosto de 2013

TRAPALHADAS POUCO SÉRIAS




Tenho para mim que bem pode Pires de Lima tentar dar ao executivo um tom de competência empresarial (veremos o que dá a máxima “O Estado não tem vocação para apoiar ‘business plans’ de empresas privadas”) que a raiz e o contexto de incompetência estão lá e não se erradicam do pé para a mão.
O trabalho de pesquisa de Rui Peres Jorge no Jornal de Negócios mostra que Governo e FMI não hesitam em desenhar novos perfis de cortes de despesa a partir de representações erradas e pouco representativas dos ajustamentos salariais que estão em curso no setor privado e nos contratos individuais de trabalho do setor público. A leviandade e a falta de rigor com que se constroem padrões evolutivos desses ajustamentos, com subrepresentação clara de situações em que os cortes salariais foram concretizados ilustram bem que podemos estar em modorra estival que a falta de rigor e de seriedade são uma marca inquestionável desta governação e vem permanentemente ao de cima. E o que é lamentável é que a canga menor e subalterna do FMI dá cobertura a esta falta de rigor e traça orientações de política sem bases credíveis para o fazer. Bem pode Madame Lagarde passear a sua inquestionável elegância adquirida nas boutiques da Rue Saint Honoré (ou será em Nova Iorque? Ou terá costureiro pessoal?) que tudo cheira a postiço. Gente desta não se recomenda.

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