O debate na economia
americana sobre a conveniência de manter os estímulos fiscais na situação atual
continua a animar a blogosfera, sobretudo agora que se anuncia, lá para mais
adiante no presente ano, que o Banco da Reserva Federal iniciará ele próprio a
desaceleração da sua própria intervenção, aquilo que poderíamos designar de estímulo
monetário.
Estas coisas são debatidas
nos Estados Unidos com informação convincente.
No gráfico que abre este
post, observa-se o efeito sobre a despesa pública do Governo Federal induzido
pelo célebre American Recovery and Reinvestment
Act que Obama conseguiu fazer passar. Como é fácil observar esse efeito está
em amortecimento decisivo há muito tempo, durou apenas 2 anos e não ultrapassou
1.6% do PIB americano. Tenho a impressão que quando daqui a algum tempo a administração
Obama for bem analisada, muita deceção irão sentir a maioria dos Europeus que
viu nele uma outra esperança.
Krugman, implacável como
sempre nestas matérias e talvez seja assim porque nunca se passeou pelos
corredores dos assessores (será que pretenderia?), mostra no gráfico abaixo que
o tal famigerado estímulo, quando calculado em percentagem do PIB potencial da
economia americana (e é assim que deve ser medida a sua magnitude), é bem uma
ninharia, ao contrário do que a atoarda republica tem feito crer.
Pois, no fim de contas, estímulo
fiscal é coisa que se viu pouco, o que significa que os republicanos acabaram
por fazer pesar a sua posição.
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