sábado, 31 de agosto de 2013

ESTÍMULO? MAS QUE ESTÍMULO?



O debate na economia americana sobre a conveniência de manter os estímulos fiscais na situação atual continua a animar a blogosfera, sobretudo agora que se anuncia, lá para mais adiante no presente ano, que o Banco da Reserva Federal iniciará ele próprio a desaceleração da sua própria intervenção, aquilo que poderíamos designar de estímulo monetário.
Estas coisas são debatidas nos Estados Unidos com informação convincente.
No gráfico que abre este post, observa-se o efeito sobre a despesa pública do Governo Federal induzido pelo célebre American Recovery and Reinvestment Act que Obama conseguiu fazer passar. Como é fácil observar esse efeito está em amortecimento decisivo há muito tempo, durou apenas 2 anos e não ultrapassou 1.6% do PIB americano. Tenho a impressão que quando daqui a algum tempo a administração Obama for bem analisada, muita deceção irão sentir a maioria dos Europeus que viu nele uma outra esperança.
Krugman, implacável como sempre nestas matérias e talvez seja assim porque nunca se passeou pelos corredores dos assessores (será que pretenderia?), mostra no gráfico abaixo que o tal famigerado estímulo, quando calculado em percentagem do PIB potencial da economia americana (e é assim que deve ser medida a sua magnitude), é bem uma ninharia, ao contrário do que a atoarda republica tem feito crer.
Pois, no fim de contas, estímulo fiscal é coisa que se viu pouco, o que significa que os republicanos acabaram por fazer pesar a sua posição.


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