quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O DEBATE VAI AQUECER …



A publicação pelo INE da estimativa do crescimento rápido do PIB português, com uma queda do PIB de 2º face ao trimestre homólogo de 2012 mas um crescimento de 1,1% face ao 1º trimestre de 2013 interrompe tecnicamente a recessão em Portugal. É nestes períodos de divergência de comportamento entre os crescimentos homólogos e em cadeia que a discussão das expectativas é mais intensa. Os dados parecem-me coerentes com o comportamento do emprego já revelado pelas Estatísticas do Emprego de idêntico período, sobretudo porque o crescimento de 1,1% vem associado sobretudo ao crescimento das exportações de bens e serviços (Abril e Maio, com queda em junho) e a uma queda menos pronunciada do investimento, com destaque para a formação bruta de capital fixo na construção.
Uma interrupção do estatuto de recessão técnica (queda de dois trimestres sucessivos do PIB) com esta natureza exige uma política económica de pinças para não matar os sinais agora evidenciados e não uma política de elefante em loja de cristais como pode acontecer se o orçamento de 2014 não for preparado com muita ponderação. Espero também que o Pontal no calçadão de Quarteira não se transforme na exploração demagógica destes dados, para os quais o contributo da maioria foi objetivamente zero.

Sem comentários:

Enviar um comentário