domingo, 4 de agosto de 2013

FÉRIAS TURBULENTAS PARA A MAIORIA



Imagino que o CDS esteja em pulgas com o seu parceiro de coligação. Depois da audição de Maria Luís Albuquerque na Comissão de Inquérito Parlamentar ter conseguido amainar a posição do PS, apenas interrompida com a não muito convincente réplica do ex-secretário de Estado Costa Pina, eis que senão quando a novela se reinicia agora com os focos direcionados para o novo secretário de Estado do Tesouro Joaquim Pais Jorge. O sempre ativo Marques Mendes (MM) soltou-lhe ontem os cães, cães furiosos e famintos. MM invoca para isso as ligações de Joaquim Pais Jorge (JPJ) ao universo que o PSD pretenderia (verdade?) combater, não só à história interminável dos SWAP, mas sobretudo ao mundo das PP ainda por cima com relações de proximidade a uma das maiores pedras no sapato do PS, o deputado Paulo Campos, seta avançada de um PS sobre o qual se começarmos a cavar encontraremos sempre material do bom para jornalista curioso.
Pelo que foi suscitado, é uma daquelas figuras das quais a governação dos últimos 10 a 15 anos está cheia, quadros que tanto se lhe dá, PS, PSD ou CDS não importa, o que importa é assegurar a vidinha. Conquistada a bênção de Cavaco, a estabilidade agora já não conta e MM não desdenha pedir a demissão do novo secretário de Estado, o que a acontecer constituiria mais uma originalidade de uma maioria que não se cansa, mesmo em tempo de férias, de nos surpreender, fazendo-nos suspirar sobre o que estará por aí para acontecer.
A arremetida de MM impressiona pela sua virulência. Agora que a maioria começa a conquistar alguns jornalistas para os sinais de alguma recuperação económica (sazonal? só daqui a uns meses se saberá!), a fragilidade endémica da maioria vem ao de cima e até a história dos briefings diários (que estranha a sensação de ver Pedro Lomba nestas andanças a fazer pela sua vidinha). E com esta confusão interna Passos Coelho vai a banhos pensando talvez no que vai este ano apresentar no Pontal (de novo regressado ao calçadão da Quarteira pois Marco António não brinca em serviço).

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