Cada vez admiro mais Jorge Jesus! Não enquanto treinador de futebol – porque já o vi levar verdadeiros banhos de tática (do Vítor Pereira, p.e.) e sobretudo porque vou sabendo quanto ele é intragável de vaidoso, boçal e malcriado no seio dos grupos que é suposto dirigir – mas enquanto ser irredutivelmente autoconfiante e capaz de transformar como ninguém as suas visíveis fraquezas em hipotéticas forças. Claro que o Sporting esteve bem em Madrid – ainda que contra um Real desativado, entre a relativa anulação de vontade exibida por Cristiano e a presunção de superioridade dos restantes – e claro que a criatura não tem de saber falar castelhano. Mas, ainda assim, ele lá estava na conferência de imprensa a admirar-se consigo próprio pela eficácia com que o espanhol lhe estava a sair e lá está hoje a voltar novamente à carga com uma saída por cima a lembrar a tudo e todos quanto está certo de ser ele o verdadeiro presidente da Junta dos treinadores de futebol – já que “ninguém é maior do que Jesus”, até por definição. Um portento a merecer estudo nas Faculdades de Psicologia!
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