terça-feira, 13 de setembro de 2016

O PROCESSO DO EURO


O tempo corre célere e já lá vão uns bons meses sem que nos debrucemos aqui sobre um problema – o problema? – que tanto nos limita, quiçá decisiva e irremediavelmente. Refiro-me à moeda única europeia enquanto elemento explicativo determinante da infindável crise da Zona Euro (ZE). O meu colega de blogue já aludiu neste espaço ao último livro de Joseph Stiglitz (“The Euro: How a Common Currency Threatens the Future of Europe”), inteiramente dedicado à matéria simultaneamente do ponto de vista do diagnóstico e das eventuais soluções. Numa entrevista ao “Le Monde” de hoje, o Prémio Nobel reafirma as suas teses, quer no tocante ao pecado original das suas malformações quer quanto às alternativas de saída (imagens abaixo): finalizar a união bancária e implementar uma forma de mutualização das dívidas ou retirada de algum(ns) país(es) da ZE segundo lógicas tipo “divórcio amigável” ou, ainda, a hipótese que qualifica de “euro flexível”.


Mesmo admitindo que Stiglitz possa ser encarado como estando relativamente afastado de alguns dos detalhes que marcam a marcha da(s) economia(s) europeia(s) e do funcionamento da união monetária, o dito é uma incontornável figura mundial da economia – o seu inequívoco conhecimento e a sua enorme experiência são razões mais que bastantes para que o leiamos atentamente e para que levemos a sério as suas avisadas reflexões...

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