Está disponível nas páginas do “Le Monde” de hoje um muito rigoroso apanhado do debate eleitoral entre Hillary Clinton e Donald Trump que ocorreu ontem à noite na capital dos Estados Unidos. Encerrando com um editorial que ainda vem adicionar a seguinte preciosidade analítica: “a experiência contra a incoerência”.
Mas o melhor descritivo do candidato que os republicanos apresentam ao mundo está hoje na coluna de Martin Wolf (“How the West might soon be lost”), que começa por afirmar: “Sob um presidente Trump, a democracia perderia credibilidade enquanto modelo para uma vida política civilizada”. Para sintetizar mais adiante uma visão do personagem, nos seguintes termos: “O facto de o Sr. Trump poder ser um contendor credível para a presidência é surpreendente. Nos negócios, ele é um reincidente e litigante em série tornado estrela de reality TV. Ele é um vendedor ambulante de falsidades e teorias da conspiração. Ele profere calúnias racistas. Ele ataca a independência do poder judicial. Ele recusa-se a revelar os seus impostos. Ele não tem nenhuma experiência de cargos políticos e defende políticas incoerentes. Ele glorifica na ignorância. Ele vai ao ponto de sugerir um default federal. Ele mina a confiança na ordem comercial criada pelos EUA, ameaçando rasgar acordos passados. Ele mina a confiança na democracia norte-americana, alegando que existirão fraudes no processo eleitoral. Ele apoia a tortura e o assassinato deliberado das famílias de supostos terroristas. Ele admira o ex-agente da KGB que lidera a Rússia.”
Concluo: se, pelo menos por enquanto, os dados ainda apontam para uma situação que é de “vantagem Clinton”, será absolutamente decisivo que nunca sejam descurados os efeitos destrutivos das minas e armadilhas trampistas que a todo o momento possam surgir ao virar de uma qualquer esquina...
(Tom Toles, http://www.nytimes.com)
(Tom Toles, http://www.nytimes.com)
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