Está em iminente contagem decrescente um novo livro de Hillary Clinton. Onde a dita escreve, designadamente: “Os ataques dele [de Bernie Sanders] causaram danos duradouros, tornando mais difícil unificar os progressistas nas eleições gerais e preparando o caminho para a campanha ‘Crooked Hillary’ de Trump”. Assim fica à vista o que muitos denunciavam e a maioria não quis ver: que Hillary não era uma alternativa efetivamente diferenciadora em relação a Trump e que foi a escolha dela em detrimento de Bernie que objetivamente determinou o desastre que agora se vai desenrolando sob os nossos olhos.
Não estou certo de que Sanders possa chegar a 2020 (terá 79 anos) em condições de se apresentar a um novo combate eleitoral, mas sabe-se hoje com segurança que possui as qualidades morais e políticas para tal e para que dessa forma pudesse trazer substância à cena política americana e internacional – senão vejam, comparativamente: ela chorou no confortável recato do lar uma derrota de que foi largamente culpada e vem agora, dez meses depois, explicar-se sobre o que aconteceu, apontando o dedo acusador ao seu challenger democrata; ao invés, ele cerrou os dentes, escreveu um manifesto voltado para a frente, criou uma plataforma de donativos para financiamento a campanhas locais e um think tank para “revitalizar a democracia” e partiu de imediato para o contacto pessoal e para a denúncia on the road dos inaceitáveis caminhos em curso no seu país. Eis a diferença entre o que é esforçadamente pintado e o que tem uma marca de fundamental autenticidade...
(Steve Kelley,
https://www.creators.com)
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