quinta-feira, 7 de setembro de 2017

UM APONTAMENTO OTIMISTA Q.B.


A economia mundial dá mostras de atravessar uma conjuntura particularmente positiva e promissora. Com efeito, a larga maioria dos especialistas na matéria converge num sentido otimista sem paralelo desde o fim da última grande recessão e, por acréscimo, em leituras cristalinas e sem reservas (nenhum ponto de interrogação subsiste quanto à firmeza atual do crescimento global, afirmam uns; simplesmente não se consegue perspetivar qual poderia ser o gatilho capaz de despoletar um recuo, completam outros).

De sublinhar ainda que a locomotiva americana parece em perda de velocidade em relação ao Japão (atenção à evolução do Japão no próximo futuro!) e à Zona Euro, assim determinando um maior equilíbrio dos contributos relativos para a expansão internacional, que se fazem dominantemente sentir sinais de sustentabilidade nada negligenciáveis (as principais distorções, inflação à cabeça, parecem permanecer sob controlo e estima-se que o comércio mundial cresça em volume mais do que a produção global nos anos a vir) e que ganham força as indicações de larga sincronia em presença (a “Bloomberg” revelava ontem que, pela primeira vez numa década, as 45 grandes economias do mundo inventariadas pela OCDE estão todas em situação de expansão).

Claro que, e não obstante tudo o que se deixou dito (vejam-se abaixo, e em complemento, as mais recentes projeções do FMI), as previsões de crescimento a longo prazo continuam moderadas face aos seus níveis históricos; claro que, também, existem por atalhar fatores de tensão e risco mais ou menos visíveis e condicionadores, com destaque para os associados às dimensões do emprego e da distribuição do rendimento e a diferenciadas, gritantes e renovadas manifestações de desigualdade social; e claro que, por fim, nada de todo este panorama releva quando é posto em confronto com o ritmo a que a incerteza política sobe, sobe, sobe...

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