Vitória curta, SPD fora do governo, perda de margem de manobra e incerteza, problemas crescentes, extrema-direita e ideais nazis no Parlamento – esta é, qualquer que seja a língua de leitura escolhida para assimilar o rescaldo da consulta eleitoral alemã de ontem, a síntese indesejada e indesejável da mesma. Eis também porque estou hoje bastante menos otimista do que tenho estado, incrédulo como racionalmente me imponho quanto à efetiva elasticidade da reconhecida capacidade auto-reinventiva de Merkel em condições objetivamente tão adversas como as que se lhe apresentarão doravante. Mas o que desejo firmemente é, porém, que possa voltar a não ter razão e que vejamos assim prevalecer a irredutível confiança que o cartunista Kroll denota nas qualidades políticas da chanceler que não deixou de adquirir o direito de ensaiar a sua versão 4.0 – porque, a não ser desse modo, serão seguramente muito difíceis e nada brilhantes os tempos que aí vêm...
(Pierre Kroll, http://www.lesoir.be)
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