Gráfico construído a partir de Estatísticas OCDE - Contas nacionais Trimestrais
http://stats.oecd.org/#
Fui testar a curiosidade
da informação disponibilizada pelo Economist (link aqui). E, com a ajuda do manancial de estatísticas da OCDE, verifico que a classificação
de campeão tem origem nas taxas de crescimento trimestral homólogas. O gráfico
que abre este post documenta essa evidência, embora me pareça que o correspondente
do Economist em Perth utilize
informação mais recente, incluindo pelo menos o 2º trimestre de 2017, quando me
quedei pelo 1º trimestre deste ano.
É de facto impressionante
a cavalgada do crescimento homólogo desde 1992 e se não fora o perturbado ano
de 2011, com muitos trimestres entre os 4 e os 6%, o que faz redobrar a importância
da façanha.
Não posso deixar de
fazer a memória flutuar e recordar lá atrás o caso de estudo que regra geral concebia
na economia do desenvolvimento comparando as condições de crescimento da ex-colónia
Austrália, realizada a partir de uma emigração britânica não propriamente de lordes
e bastante hostil em relação aos povos nativos, com outras colónias, por
exemplo as latino-americanas. Ambos os exemplos foram construídos em função de
uma especialização com forte recurso a fatores naturais e, no caso da Austrália,
com a dimensão territorial a permitir uma espécie de crescimento à fronteira,
ou seja, progredindo no território em função do aproveitamento de recursos. Por
que raio de razão a Austrália foi bem-sucedida nesse modelo e as outras viveram
a reprodução do subdesenvolvimento?
Nos quase 26 anos de
crescimento ininterrupto é espantosa a resiliência da economia australiana. Mas
a saúde do modelo em termos por exemplo de reflexos no crescimento do salário
real (que tem diminuído) e o elevadíssimo valor da dívida privada em % do PIB são
elementos que nos mostram que no campeão do crescimento nem tudo é um mar de rosas.
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