O incansável Trump prossegue energeticamente a sua malfadada agenda (in)conscientemente destruidora, sempre orientada em primeira mão pela ostentação do incomparável brilhantismo da sua personagem, pelos ditames do businessao comando de tudo e pela sua alegada superioridade moral (que também tem o seu quê de força militar objetiva) para determinar o que importa ao bem-estar dos seus concidadãos e do resto do mundo em geral.
Ontem, aquele que se apresenta, e é crescentemente reconhecido, como o novo “dono disto tudo” dedicou algum tempo à Ucrânia e telefonou a Putin e Zelensky para lhes fixar o caminho a seguirem com vista a rápidas e eficazes negociações de paz, deixando a Europa – que tanto tem proclamado a obrigatoriedade da sua presença nas mesmas – a tratar de intendência de segunda linha, as meninas da Comissão a falarem sozinhas e em infrutífero protesto junto da comunicação social bruxelense, o holandês da NATO a rir com o inventado secretário americano da Defesa e a tirar o tapete aos seus supostos aliados europeus, Ursula a mostrar a sua inexcedível hospitalidade para com o cada vez menos vice-presidente D. J. Vance e os presidentes da Comissão e do Conselho a “negociarem” com um primeiro-ministro canadiano que já não conta porque se demitiu (ao que parece, sem eles saberem); com os líderes dos grandes países amarrados aos seus problemas nacionais, das eleições alemãs à luta pela sobrevivência de Macron ou das oscilações conjunturais que diariamente se impõem a Sanchéz às chico-espertices de uma Meloni em contraciclo de afirmação populista, todos deixando o mais imediatamente afetado Tusk a esbracejar em nome de uma resistência a avanços russos que lhe suscitam memórias trágicas.
Um contexto altamente arrepiante e que – só agora que publico este post – vai inteiramente ao encontro do que o precede, assinado pelo meu colega do lado António Figueiredo – les bons esprits...
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