Dois dias de Emmanuel Macron em Portugal, acompanhado pela sua amada Brigitte (já a caminho das 72 primaveras), numa incursão que cai em cima das suas esforçadas démarches de autoproclamado e assumido estadista europeu (há que ganhar tempo enquanto não há Merz!) e que só se compreende por imposições do vil metal, i.e., de atrasos ou hesitações no plano do business. O tempo chuvoso não ajudou e obrigou a protelamentos e mudanças no programa oficial, as imagens divulgadas mostraram o experimentado savoir-faire do presidente francês e o lado arrebatado (com alguns laivos de papalvo) dos responsáveis nacionais que o iam recebendo (sendo que Marcelo estava visivelmente nas suas sete quintas) e as conversas de bastidores ficaram naturalmente no segredo dos deuses, sendo que o seu conteúdo (múltiplo mas especialmente centrado em vendas na área da Defesa e das Infraestruturas) irá decerto ser genericamente desvendado à medida que os respetivos efeitos forem sendo negociados em concreto por quem de direito. No dia em que o “Expresso” veio entalar em definitivo o primeiro-ministro, a propósito do contrato de consultoria e proteção de dados que vigora desde 2021 entre a Solverde e a empresa que criou com a família e de que se desvinculou formalmente aquando do reinício da sua atividade política, a visita de Macron serve-me de pretexto para não abordar esse caso do dia e assim não ter de aqui comentar o que tudo indica provir de um inaceitável foro misto de soberba, deslumbramento e sobranceria.
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
DESVIANDO A CONVERSA...
(excerto de Henrique Monteiro, http://henricartoon.blogs.sapo.pt)
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