(IIM – Insustentáveis Inconsistências de Montenegro. Pois meus Amigos estou estupefacto e incomodado pelo presente que a levezinha cabeça de Luís Montenegro oferece ao Chega e também ao putativo candidato Gouveia e Melo, criando de livre vontade este imbróglio, que se arrisca a ser um verdadeiro escândalo nacional. Apesar de uma situação económica interna que continua a ser bastante favorável a quem governa e o anunciado investimento chinês nas baterias em Sines é disso um exemplo bem ilustrativo, o Governo debate-se com inconsistências sérias, que só as ministras da Justiça e do Trabalho, Segurança Social e Solidariedade conseguem mitigar. Um governo a trabalhar neste contexto precisaria de um primeiro-Ministro à prova de bala. Ora é precisamente o contrário que temos em S. Bento. Nos últimos dias, Montenegro enterra-se no abismo de uma retórica de barata tonta, faltando a uma importante reunião em Kiev enredando-se no quadro de uma avença paga a uma empresa que é sua e de mais ninguém, anterior à sua liderança do PSD e passagem a primeiro-Ministro, mas que continuou a ser paga, ainda por cima com valores mais elevados quando passou a primeiro-Ministro. Repito, estou estupefacto. Por norma, dou sempre o benefício da dúvida a quem governa pela primeira vez. São conhecidos imensos casos de que é a função que faz a pessoa e que a aprendizagem no exercício da liderança política e da governação é crucial para avaliar o que valem as personalidades. Por isso, dou sempre uma moratória a quem governa e resisto a avaliar as pessoas pelo que elas eram antes do exercício das funções políticas, passando a avaliá-las apenas pelas suas decisões. O caso da empresa de Montenegro, com o desplante da sua venda nula à mulher, que mantém avenças enquanto já é primeiro-Ministro é suficientemente aterrador para ficar assustado com a capacidade de discernimento político de quem nos governa. O estilo de governação de Montenegro não me atrai, o seu perfil cultural causa-me alguns arrepios, mas isso não influencia a minha apreciação. O caso da sua empresa, sim, é suficientemente esclarecedor para lamentar que nestes tempos que correm tenhamos a liderar a governação alguém com esta baixa capacidade de discernimento político...)
A gravidade do caso é tal que não sinto qualquer curiosidade pelo que Montenegro terá a dizer ao povo português quando a ele se dirigir, creio que no próximo sábado.
Não faço a mínima ideia do que é que o Presidente da República tem engatilhado para dar uma saída à situação.
Em previsão rápida e expedita, direi que vamos ter com grande probabilidade um primeiro-Ministro a ser cozinhado em fogo lento.
Que mais nos poderá acontecer?
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