Qual calendário do advento, que em dezembro faz uma contagem regressiva até à noite de Natal, a nova presidência de Donald Trump tem-se caraterizado por uma má surpresa diária (pelo menos) – como com propriedade questiona a cartunista, “você acorda a pensar no que Trump irá fazer a seguir?”.
A verdade é que a “revolução do MAGA” a que vamos assistindo quase em direto constitui a mudança geopolítica e antidemocrática que nos foi dado experimentar em cerca de um século, apesar de estarmos ainda longe de conhecer todos os contornos com que a mesma nos surpreenderá; não obstante, e preparada meticulosamente como o foi por forças que se agregaram e organizaram em torno do ex-presidente entretanto reeleito, tal “revolução” não esconde o essencial dos seus desígnios e métodos e o papel de Trump nesse contexto não passará significativamente do de um “narcísico idiota útil”.
Ainda hoje, na sua coluna do “Público” (“Brenda tem de morrer?”), Francisco Teixeira da Mota escreve sem deixar lugar a quaisquer dúvidas: “Os casos judiciais de Trump vão-se aproximando do Supremo Tribunal dos EUA: a ordem executiva que acaba com a aquisição da nacionalidade pelo nascimento nos EUA e o despedimento de Hampton Dellinger, o chefe do gabinete do conselheiro especial – a mais importante agência federal independente de investigação e ação penal do país –, são dois casos que poderão permitir-nos perceber o papel do Supremo na revolução do MAGA”
E também já todos adivinhamos os termos centrais da nova Conferência de Ialta que se desenha no horizonte, abaixo inapelavelmente evidenciados de modo caricatural mas sugestivo...
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