quarta-feira, 24 de maio de 2017

WE STAND TOGETHER, WE LOVE MANCHESTER




(Uma mensagem Twitter do meu filho Hugo na madrugada de ontem, quando dormia na primeira camada de sono alertou-me para o regresso da barbárie, mas os dias seguintes revelaram-me um sentido de comunidade que será difícil derrotar mesmo com a barbárie mais sangrenta)

Ainda não eram duas da manhã, dormia a sono solto, quando uma mensagem de Twitter do meu filho me despertou dizendo apenas isto: “Shit! My Manchester”. Pois era o regresso da barbárie, mas desde o momento da tragédia o sentimento de comunidade que desbordou daquela cidade e aglomeração metropolitana mostra que não será fácil derrotar esse espirito, fazendo com que ódio gere ódio.

O Twitter, sobretudo, foi inundado de um sentimento de orgulho e de comunidade que me tocou profundamente e que explica o choque que para mim representou a vitória do Brexit. Creio que é no Reino Unido que se situam os exemplos cívicos mais representativos do que entendo poder ser a Europa e tê-los fora é algo para mim incompreensível.

Destaco aquele testemunho recolhido pela BBC (@BBCNewsnight) do dador de sangue Ian que nos transmite esta ideia poderosa: “They want us to turn on our neighbours and it will never happen (this city is for everybody)”.

A manifestação em torno da cosmopolita Town Hall de Manchester é poderosa assim como a vigília na Praça Albert. Não vai ser fácil vencer este sentimento de orgulho e comunidade dos Mancunians, residentes, que por lá passaram ou estudaram, ou simplesmente passearam nas suas ruas.

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