(Uma mensagem
Twitter do meu filho Hugo na madrugada de ontem, quando dormia na primeira
camada de sono alertou-me para o regresso da barbárie, mas os
dias seguintes revelaram-me um sentido de comunidade que será difícil derrotar
mesmo com a barbárie mais sangrenta)
Ainda não eram duas da manhã, dormia a sono solto, quando uma mensagem de
Twitter do meu filho me despertou dizendo apenas isto: “Shit! My Manchester”.
Pois era o regresso da barbárie, mas desde o momento da tragédia o sentimento
de comunidade que desbordou daquela cidade e aglomeração metropolitana mostra
que não será fácil derrotar esse espirito, fazendo com que ódio gere ódio.
O Twitter, sobretudo, foi inundado de um sentimento de orgulho e de
comunidade que me tocou profundamente e que explica o choque que para mim
representou a vitória do Brexit. Creio que é no Reino Unido que se situam os
exemplos cívicos mais representativos do que entendo poder ser a Europa e tê-los
fora é algo para mim incompreensível.
Destaco
aquele testemunho recolhido pela BBC (@BBCNewsnight) do dador de sangue Ian que
nos transmite esta ideia poderosa: “They
want us to turn on our neighbours and it will never happen (this city is for
everybody)”.
A manifestação em torno da cosmopolita Town Hall de Manchester é poderosa
assim como a vigília na Praça Albert. Não vai ser fácil vencer este sentimento
de orgulho e comunidade dos Mancunians, residentes, que por lá passaram ou
estudaram, ou simplesmente passearam nas suas ruas.
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