segunda-feira, 31 de maio de 2021

BORIS E DOMINIC

Já aqui falamos da zanga histórica que se abateu sobre a cúmplice dupla britânica de ex-best friends forever, Boris Johnson e Dominic Cummings. Volto ao assunto à boleia de uma leitura de fim de semana — “Desamigados” de António Mega Ferreira, uma abordagem interessante aos contornos de onze amizades famosas que acabaram mal (César e BrutoDante e CavalcantiVoltaire e Frederico da Prússia; Bocage e Macedo; Wagner e Nietzsche; Wilde e Alfred Douglas; Freud e Jung; Hemingway e Fitzgerald; Nabokov e Edmund Wilson; Sartre e Camus; García Márquez e Vargas Llosa) pretextada pela estonteante banalização das (des)amizades hoje permitidas pelas redes sociais. O retorno também se justifica pela ferocidade e gravidade das acusações proferidas por Cummings na semana transata (especialmente, as de tens of thousands of people died who didn’t need to die e de being unfit to lead the country) e reproduzidas em manchete de todos os grandes jornais britânicos e não apenas nos respetivos tabloides. Sendo que o visado primeiro-ministro procurou apagar devidamente as suas mágoas nada menos do que com um terceiro casamento celebrado junto de uma jovem de 33 anos.



(Morten Morland, http://www.thetimes.co.uk)

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